Casa da Cultura

casa da cultura

CASA DA CULTURA “LUÍS ANTONIO MARTINEZ CORRÊA”

  • Endereço: Rua São Bento, 909 – Centro
  • Telefone:
  • Horário de atendimento: fechada para reforma
  • E-mail:

 

Atividades

Possui 03 amplas salas para exposição de quadros, esculturas e fotografias, onde a população tem livre acesso para visitas. Possui também 09 salas especiais para cursos e oficinas nas áreas de escultura, pintura, música, dança, artes cênicas, desenho, entre outras. Estas oficinas e cursos têm o objetivo levar a população atividades artísticas que podem servir como uma complementação na renda familiar.

A Casa da Cultura possui um auditório, o “Jean Paul-Sartre”, com capacidade para 104 pessoas, utilizado para palestras, reuniões, workshop e projeções de vídeos.

 

A construção da Casa da Cultura data de 1914, sendo projetada pelo arquiteto e engenheiro civil Alexandre Albuquerque, de São Paulo. Inicialmente abrigou o “Araraquara College” e, em 1919, a Prefeitura instalou a “Escola Mackenzie”, ligada ao Mackenzie de São Paulo. Em 1933, o prédio foi cedido ao governo do Estado que instalou o "Ginásio Estadual de Araraquara”, o qual, em 1940, passou a se denominar “Ginásio e Escola Normal de Araraquara”. Nascia assim, o tradicional “Instituto de Educação Bento de Abreu”. De 1960 e 1973, foi ocupada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara, criada em 1959.

Em novembro de 1981 o prédio foi tombado pelo CONDEPHAAT e em 11 de novembro de 1982, o prédio foi reinaugurado como Casa da Cultura. Em 1988 passou chamar-se “Luís Antonio Martinez Corrêa” por Projeto de Lei, homenagem esta dada ao ilustre teatrólogo araraquarense, morto em 1987 na cidade do Rio de Janeiro.

 

Luís Antônio Martinez Corrêa

Filho do professor Jorge Borges Corrêa, nascido em Araraquara em 24 de junho de 1950. Realizou: teatro amador, experimental e profissional; traduções; versões e adaptações: cursos e seminários; cinema e recebeu 7 prêmios.

Começou a encenar primeiro com suas irmãs e depois sozinho. Em Araraquara iniciou nos anos 60, fazendo teatro amador e experimental, ligado aos grupos Teatro do Colégio e Teatro dos Universitários.

Foi ator em “A Megera Domada” (Shakespeare), “O Santo Milagroso” (Lauro César Muniz), “Caiu o Ministério” (França Júnior). Assistente de direção em “Toda donzela tem pai que é uma fera” (Gláucio Gil).

Diretor, cenógrafo e ator em “Terror e Miséria do III Reich” e “O Casamento do Pequeno Burguês. Diretor, adaptador e cenógrafo em “A Exceção e a Regra” (Brecht).

Inicia os anos 70 fazendo a primeira redação de “Gracias, Senhor!”, para o Teatro Oficina, em São Paulo. Encerra a fase amadora como diretor de “Horácios e Curiácios” (Brecht), também como adaptador e cenógrafo, “Cyrano e Chan-Talan”, criação coletiva do Porão do Teatro Oficina e, novamente, “Casamento do Pequeno Burguês”, também como tradutor e adaptador, com o grupo “Pão e Circo” do Porão do Oficina.

Estreia no teatro profissional em 1972, como o “atuador” da criação coletiva “Gracias, Señor”, no Teatro Ruth Escobar. Dirige na capital “O casamento do pequeno burguês” e “The Brazilian Ridiculous Sound”, happening musical, ambos no Teatro Oficina.

Excursiona pela Europa com o grupo “Pão e Circo” na montagem “O Casamento do Pequeno Burguês” que, depois de viajar a França, Alemanha, Itália e Suíça, estreia, no ano seguinte, com grande sucesso no Rio de Janeiro no Teatro Opinião.

Estudou História do Teatro, fez muitos cursos de teatro, dos quais resultou, pouco depois, a própria montagem da “Ópera do Malandro”, que conquistou o Rio de Janeiro em 1978, e São Paulo no ano seguinte.

Conseguiu grandes espetáculos com Caetano Veloso e Dedé Veloso. Seu penúltimo trabalho, "Taniko", realizado com alunos da Universidade do Rio de Janeiro, não agradou, não foi de grande expressão. Um espetáculo, inclusive, premonitório de sua morte. Faleceu em 23 de dezembro de 1987, no Rio de Janeiro, brutalmente assassinado.

Em 6 de dezembro de 1988, por Projeto de Lei do vereador Vanildo Trindade, e decisão da Câmara Municipal de Araraquara, a Casa da Cultura de Araraquara recebe seu nome.

E passa a ser comemorada anualmente, próxima à data de seu aniversário de nascimento, 24/6/1950, a “Semana Luís Antônio Martinez Corrêa”, com apresentação de teatro, whorkshops e outros eventos culturais em sua homenagem.

 

Localização

Localiza-se no chamado “centro histórico de Araraquara”, hoje Praça Santos Dumont, no centro da cidade, ao lado da Câmara Municipal, na Rua São Bento, 909.