Oficina com o Grupo Ilú Oba de Min marca os "21 Dias de Ativismo contra o Racismo"
Com vagas limitadas, atividade está marcada para este sábado (25) no Sesc Araraquara
Neste sábado (25), às 9h, o Palacete das Rosas (Rua São Bento, 794, Centro) receberá a Oficina "Corpo, território ancestral", com o Grupo Ilú Oba de Min, em uma atividade que integra a programação dos "21 Dias de Ativismo contra o Racismo", campanha que existe desde 2017 e funciona como uma grande agenda antirracista, onde movimentos sociais, coletivos, figuras públicas e pessoas independentes podem propor diversas atividades que pautem o debate pelo fim da discriminação racial.
Fundado em 2004 em São Paulo, tendo como madrinha a cantora Leci Brandão, o Grupo Ilú Oba de Min é composto apenas por mulheres. Foi criado pelas percussionistas Beth Beli, Girlei Luiza Miranda e Adriana Aragão, que procuravam uma forma de aumentar a participação feminina no toque do tambor. Além dos ritmos do candomblé, o bloco toca jongo, maracatu, boi e ciranda. As percussionistas são acompanhadas por cantoras, dançarinas e pernaltas que representam os orixás africanos. O grupo se apresentará no lançamento do livro "A história Comprovada: fatos reais e as dores da escravização araraquarense", que acontece nesta sexta-feira (24), às 18h30 no SESC Araraquara.
A programação dos "21 Dias de Ativismo contra o Racismo" é desenvolvida pela Prefeitura de Araraquara por meio da Coordenadoria de Políticas Étnico-Raciais, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Popular. O evento deste sábado tem a parceria com o SESC, Centro de Referência da Mulher, Secretaria Municipal da Cultura e Academia Zamba Bem.
A coordenadora de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo, falou sobre o propósito da atividade. "Será uma Vivência incrível com esse grupo que é uma referência na arte da resistência e do protagonismo negro. Para a oficina 'Corpo território ancestral', o grupo Ilú pede para os inscritos que levem um objeto, que seja símbolo de força, e ou sorte, e ou afeto e memória. E uma foto familiar que traga uma memória de afeto para os participantes. Agradecemos muito essa parceria com o SESC, pois tem sido muito rica, na troca de experiências positivas e na construção de uma proposta cultural descentralizada e mais ampla", explicou.
A Oficina com o Grupo Ilú Oba de Min tem vagas limitadas. Podem se inscrever no Centro de Referência Afro "Mestre Jorge", pelo WhatsApp (16) 99626-9466 ou pessoalmente na avenida Mauá, 377, Centro.
O mês de março é escolhido para os 21 Dias de Ativismo contra o Racismo", pois no dia 21 de março de 1960, sob o regime racista na África do Sul (Apartheid), foram assassinados 69 jovens e feridos 186, em brutal repressão, conhecida como “Massacre de Shaperville”. Nessa data, cerca de 5 mil jovens negros faziam um protesto pacífico contra a Lei do Passe, que na época, obrigava os negros a portarem um cartão que indicava os locais onde era permitida sua circulação. Havia também a luta contra o aprendizado do africâner, a língua do opressor. A polícia sul-africana abriu fogo sobre a multidão desarmada, seguindo o regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994. A ONU – considerou desde então essa data como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
PROGRAMAÇÃO – ‘21 Dias de Ativismo contra o Racismo’
24/03 – 18h30 - Lançamento do livro “A história Comprovada: fatos reais e as dores da escravização araraquarense” (as histórias que Rui Barbosa não queimou): Parceria com Ordem dos Advogados do Brasil – 5ª Subseção, Sesc, Uniara e Academia Araraquarense de Letras. Local: SESC
25/03 – 09h - Oficina com o Grupo Ilú Oba de Min – Evento em parceria com o SESC, Centro de Referência da Mulher, Secretaria de Cultura e Academia Zamba Bem. Local: Palacete das Rosas
27/03 – 08h30 - Letramento Racial para supervisores e professores especialistas de currículo do Estado. Local: Diretoria de Ensino.
