História da Cidade

A região de Araraquara até o final do século XVIII era um vasto território conhecido como “Campos de Aracoara”. Origem do nome ARA – dia / COARA – nova. Sua existência geográfica foi registrada por várias expedições que demandam o Brasil Central. O povoamento ocorreu em princípio do século XIX, com a fixação de famílias oriundas de regiões mais antigas da Província, que abriram fazendas para criação de eqüinos, ovinos e gado de corte. Ao longo do século XX Araraquara ergueu suas indústrias e um comércio ativo, paralelamente à criação de escolas, clubes, universidades que deram a ela talentosos artistas, intelectuais e desportistas, muitos dos quais reconhecidos internacionalmente. Em 1817, o bairro de São Bento d`Araraquara conquista o status de freguesia, com sua economia baseada na pecuária e nas culturas de subsistência de seus 336 habitantes, em 1832 é elevado à condição de Vila, instituindo a primeira legislatura da Câmara Municipal. Nesta época foi plantado o primeiro café na região, por José Joaquim de Sampaio, que também plantou a primeira forragem (capim gordura roxo) e as primeiras laranjeiras (lisas e tangerinas), importadas de Minas Gerais.

 Em 1884, com a chegada da ferrovia e dos imigrantes, entre eles Italianos, Portugueses, Japoneses e Espanhóis que substituíram o trabalho escravo. A região passou a integrar o complexo comercial do café, acelerando seu desenvolvimento econômico e social. A vinda desses trabalhadores europeus marcou definitivamente a vida sociocultural de Araraquara, legado que persiste na atualidade representada na culinária, no modo de falar, no sobrenome das famílias, festejos e nas atividades econômicas. Em relação à economia da cidade de Araraquara, durante a primeira metade do século XIX, plantavam-se cana-de-açúcar, milho, fumo e algodão. Os rebanhos eram em sua maioria suínos e bovinos. Por volta de 1850, a plantação de café substituiu a de cana e cereais.

 A chegada da Ferrovia ocorreu em 1885 devido ao crescimento da cidade, sendo que no século XX foi a primeira cidade do interior com ônibus elétrico e com o título de “Cidade mais limpa das Três Américas”. Em 1889, Araraquara é elevada à categoria de cidade e hoje em dia é conhecida nacionalmente por suas ruas limpas e arborizadas, por suas inúmeras praças, pelo alto nível de qualidade de vida da população, primados por vários projetos de desenvolvimento sustentável como o centro de Triagem de Resíduos. Os fazendeiros de café, detentores de um crescente poder econômico e político, passaram a implementar melhorias urbanas como iluminação, bondes elétricos e serviços de telefonia. Após a crise do café, em 1929, o mesmo foi substituído pela cana, que ainda hoje é um dos principais produtos agrícolas do município. Assim, a cidade foi forçada a encontrar saídas para seu desenvolvimento, construindo grande parte de seu setor industrial a partir do aproveitamento de produtos agrícolas.

 As colônias de imigrantes de Araraquara aderiram ao movimento revolucionário não apenas enviando donativos, como também integrando suas trincheiras. A Revolução de 1932 vinha a realizar, assim, uma aproximação entre os imigrantes e seus descendentes e a elite política e econômica da região, a exemplo do que ocorreu em outras cidades do interior paulista. A cidade de Araraquara passa a ter uma rede de ensino superior bastante significativa.

 A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) foi fundada em janeiro de 1976, reunindo os 22 Institutos Isolados do Estado de São Paulo, entre os quais a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Esta faculdade já existia na cidade desde 1959 e dela faziam a parte os cursos de Química, Pedagogia e Letras. De início, a instituição foi instalada no bairro da Fonte; em 1961, foi transferida para a Praça Santos Dumont e, em 1973, mudou-se para o campus universitário, onde funciona até hoje. A partir de 1989, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras passou a se chamar Faculdade de Ciências e Letras (FCL). A Escola de Farmácia e Odontologia, criada em 1923, também passou a integrar a Unesp. Também o Centro Universitário de Araraquara (Uniara), antiga Federação das Faculdades Isoladas de Araraquara (Fefiara), teve um papel de destaque no desenvolvimento da cidade. Este centro universitário se consolidou como instituição privada de ensino superior no início da década de 70, mas já havia participado da formação educacional local na década de 40, quando funcionava como curso preparatório, e posteriormente como escola de 2º grau, denominada Colégio.

 A modernidade que hoje se coloca para Araraquara, não se restringe à instalação de novos equipamentos urbanos e expansão econômica, significa também superação dos problemas sociais, qualidade de vida, participação da comunidade nas definições administrativas, respeito às diferenças étnicas, defesa dos recursos naturais e ampliação da cidadania. Araraquara é conhecida atualmente pela excelente qualidade de vida. Os ótimos indicadores apresentados nos últimos anos, somados à localização estratégica, vêm impulsionando o desenvolvimento econômico do Município, que hoje é a escolha ideal para novos investimentos; tem vocação logística que favorece o escoamento da produção por todo o território brasileiro e uma economia diversificada, forte expansão imobiliária e o fortalecimento de suas indústrias e da atração de novas empresas. O aniversário da cidade é comemorado no dia 22 de agosto.

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Avenida Dom Pedro II com a Via Expressa – imagem de Tetê Viviani

 

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Pôr do sol visto da Escola Estadual Antônio Lourenço Corrêa, Vila Xavier – imagem de Tetê Viviani

 

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Vista aérea da Avenida Bento de Abreu – imagem de Tetê Viviani