"Canal Direto com a Prefeitura" traz dicas para evitar golpes financeiros

Rodrigo Martins, coordenador do Procon Araraquara, apresentou maneiras de como identificar e agir nessas situações

"Canal Direto com a Prefeitura" traz dicas para evitar golpes financeiros

Em um mundo cada vez mais digital, onde transações financeiras são realizadas ao toque de um botão, a atenção nunca foi tão crucial. Os golpes financeiros estão evoluindo com a mesma rapidez que as tecnologias empregadas para combatê-los, tornando-se sofisticados a ponto de enganar até os usuários mais cautelosos. Para falar sobre o assunto, o "Canal Direto com a Prefeitura" desta segunda-feira (29) contou com a participação do coordenador do Procon Araraquara, Rodrigo Martins, que apresentou dicas valiosas para ajudar as pessoas a identificar e evitar essas armadilhas.

 

Rodrigo comentou que os golpistas estão cada vez mais habilidosos e munidos de uma estrutura cada vez mais eficiente. "Tem central de atendimento de golpe que é melhor do que das empresas, atende mais rápido que as empresas", brincou o coordenador. "É muito difícil identificar o golpe, mas é preciso estar muito atento hoje. A informação nessa hora é muito importante. Você está lá navegando no Instagram, no Facebook, aí aparece aquele link promocional maravilhoso, aquela promoção bombástica. O que o golpista quer? Ele quer que você clique no link e esse link vai te remeter a uma página. Na maioria dos casos, esse link é falso, essas páginas são falsas. Então a orientação do Procon nesse caso é não fazer compra através de link. Sempre que você receber uma propaganda nesse sentido, entra você no site oficial da empresa para ver se aquilo é real, se existe e se existe aquela promoção também", orientou.

 

Ele também citou que existem muitos problemas com golpes relacionados a empréstimo consignado. "Quem recebe algum benefício deve ficar atento porque às vezes o golpista sabe antes do banco que você vai ser correntista dele. Nunca saia fazendo selfie, passando dados e informações pessoais através do telefone, através do WhatsApp ou de outras formas. Fique atento nessa hora. Sempre que você desconfiar de alguma coisa, entre em contato com o Procon. É melhor você perder a promoção do que ser vítima do golpe, porque nesse caso você perderá o produto e perderá dinheiro também", alertou.

 

Rodrigo também reforçou que nenhum banco tem por hábito entrar em contato para a solução de problemas relacionados à compra. "Muitas vezes, os golpistas ligam dizendo que alguém está tentando uma compra, para a pessoa entrar no aplicativo que eles vão ajudar. Não faça isso, porque os bancos não têm esse hábito de ligar. O banco não manda retirar cartão em casa. Por exemplo, quando dizem que seu cartão foi clonado e vão mandar alguém retirar. Não faça isso. A gente sempre orienta que o consumidor tem que entender que ele é a parte ativa nessa relação. Quanto mais ele se livrar de ser a parte passiva melhor, ou seja, se receber a ligação, desliga. Se receber mensagem, ignora. Os órgãos oficiais, os bancos e instituições públicas normalmente não vão entrar em contato conosco através desses meios. Uma notificação normalmente é via Correio. Se o cartão é cancelado, vem um novo pelo Correio. A facilidade da internet é uma coisa positiva, mas é preciso estar atento porque essas comodidades as empresas não costumam oferecer", acrescentou.

 

Rodrigo também falou sobre a dificuldade de restituir o dinheiro perdido em um golpe. "Algumas vezes isso acontece, vai depender muito da situação, muito do caso. Em alguns casos, a gente acaba notificando o fornecedor. Às vezes, o banco comete algum erro, mas no geral, é muito difícil você comprovar. Por exemplo, se você fez um pix errado, dificilmente você vai conseguir cancelar aquele pix. Tem uma série de regras que envolvem essa situação. É possível devolver? É, mas é muito difícil. Então, qualquer problema, pode buscar os órgãos de defesa do consumidor, vamos acabar te orientando, mas a maioria é caso de polícia ou de se resolver judicialmente. Você tem que estar disposto a entrar no Juizado Especial Cível ou contratar um advogado. Na verdade, o melhor é trabalhar para você não ser a vítima", sugeriu.

 

Ele citou ainda as novas tecnologias que estão disponíveis a favor dos golpistas, principalmente em casos onde é pedido dinheiro para parentes. "Hoje, com a inteligência artificial, nem sempre o que você vê e o que você ouve é verdadeiro. Boa parte dos casos que temos, inclusive envolvendo o nome do Procon, o pessoal usa artistas e usa instituições que têm credibilidade para aplicar o golpe. Então desconfie, entre em contato com o parente, de preferência pessoalmente, para saber se está sendo solicitado aquilo. Infelizmente, hoje a desconfiança tem que vir primeiro", pontuou.

 

O coordenador também apresentou um material impresso do Procon que traz orientações sobre os golpes. "O trabalho do Procon não é trabalhar em cima disso. Estamos na relação de consumo, mas hoje é tanto golpe que a gente tem que se desprender para poder fazer a orientação para o consumidor. Fazemos palestras, fazemos materiais. Mas se o consumidor desconfiar, entre em contato. Nós temos nosso Whatsapp e inclusive também fomos vítimas porque as pessoas estavam usando um Whatsapp dizendo que era do Procon e cobravam uma taxa para tirar o nome do Procon, coisa que não acontece. O nosso Whatsapp é 99701-0120, que é o único WhatsApp do Procon de Araraquara, e temos também o 3301-3131. Esses são os nossos canais de atendimento para tirar a dúvida no dia a dia", salientou.

 

A sede do Procon fica na Rua Prof. Dorival de Oliveira, 164, Vila Ferroviária, e o atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h, fechado para almoço das 13h às 14h. O contato também pode ser feito através do e-mail [email protected].

 

Ao vivo

 

O "Canal Direto com a Prefeitura" vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h, ao vivo na página da Prefeitura no Instagram. A íntegra dos programas fica disponível para visualização no próprio Instagram, no Facebook e em outras plataformas digitais, incluindo o formato de podcasts.